terça-feira, 15 de janeiro de 2008

E se a moda pega ???

http://jbonline.terra.com.br/editorias/economia/papel/2008/01/15/economia20080115001.html

Contratados de Furnas ameaçam fazer greve hoje

Furnas vai parar hoje, e o fornecimento de energia no país sairá prejudicado. Funcionários terceirizados da empresa prometem cruzar os braços a partir das 5h para tentar mobilizar governo federal contra a decisão da 8ª Vara do Trabalho, em Brasília, de demitir, em 30 dias, os 1,9 mil contratados desde 1988, e mais 2,5 mil trabalhadores com mais de 10 anos de casa. A Comissão dos Concursados, por outro lado, comemora a decisão da juíza substituta, Larissa Lobo.

O despacho da Justiça é mais um capítulo numa briga judicial que se arrasta desde 2004, quando 9 mil concursados não puderam assumir os cargos por causa da renovação dos contratos dos terceirizados.

Segundo Carlos Arthur Coelho, presidente da Associação dos Contratados e diretor do Sindicato de Energia (Sintergia), já houve acordo entre Furnas e o Tribunal de Contas da União (TCU), que efetivou esses trabalhadores.

Setor elétrico pára
- Num momento em que Furnas está envolvida em seis empreendimentos, a juíza decide demitir 50% da empresa. O setor elétrico vai parar - reclamou.

O advogado da Associação, Marcos Neves, adianta que a greve, obviamente, vai respeitar as condições mínimas de manutenção do serviço essencial. Além da paralisação, eles pretendem recorrer.
- A decisão é absolutamente inconseqüente, porque metade do contingente da empresa vai ser demitido - informou o advogado.
Furnas divulgou, por meio de nota oficial, que tem feito a substituição de contratados por concursados, de forma gradual, desde 2004. Já foram chamados, segundo a empresa, mais de 1,6 mil pessoas.

A diretoria da estatal reforça que o desligamento repentino de milhares de colaboradores representaria "sério risco à estabilidade das operações da empresa".

Representante da Comissão dos Concursados, no entanto, não acredita em risco de parada do setor elétrico, porque boa parte dos funcionários terceirizados atua no setor administrativo.
- Apenas a minoria é da área operacional. Eles podem dar um tiro no pé, caso insistam nessa greve - analisou. - E ainda querem impedir os concursados de entrarem para trabalhar.

O professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Roberto Schaeffer, observa que, caso a greve atinja o efetivo operacional, o prejuízo para o país será grande.
- Com energia elétrica não há condições de se fazer armazenamento, e a produção de Furnas atende toda a região Sudeste, e esta, por sua vez, fornece energia para boa parte do Brasil - ponderou.
[ 15/01/2008 ] 02:01


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